Tipos de Parto
Espaço Parto Adequado

Toda mulher deverá ter assistência adequada ao parto, de forma que seja um momento seguro para mãe e filho. A OMS (Organização Mundial de Saúde) determina que somente 15% dos partos precisem de fato de uma intervenção cirúrgica tipo cesariana como resolução de um parto, como as gestações de maior risco. Todas as evidências científicas demonstram que não há benefícios para mãe ou para o bebê que justifiquem o agendamento prévio de uma cesariana sem indicação precisa.

Como é possível saber como será seu parto, antes que chegue sua hora? O ideal é que cada gestante espere o trabalho de parto chegar pra então decidir a posição que favoreça o nascimento do bebê. A cesariana seria cogitada apenas em real necessidade.

Atenção humanizada ao parto é o conjunto de assistências onde a atenção é individualizada para cada parturiente, de acordo com suas escolhas e sua cultura, respeitando a fisiologia natural da gestação e do parto. Cabe a cada mulher decidir e sentir sobre a melhor posição para dar à luz, local de maior conforto, momento da anestesia e presença de familiares. Para o ReHuNa (Rede Brasileira pela Humanização do Parto e Nascimento) e para muitos movimentos como “Parto do Princípio” e “Despertar do Parto” é preciso devolver o papel principal do parto à mulher. Cabe ao serviço criar um ambiente que propicie proteção à mulher, dispor de métodos não farmacológicos para alívio de dor, estimular o contato mãe-bebê logo após o nascimento e o aleitamento precoce. A toda equipe médica cabe oferecer apoio e intervir se houver real necessidade, e não rotineiramente.

Parto na Água

Na década de 60, Michel Odent, médico francês, foi precursor do uso da banheira com água quente para o trabalho de parto em um ambiente mais parecido com o doméstico. Pelo conforto e o acalanto do momento, muitas mulheres preferiam se manter na banheira no momento do parto.

Michel Odent também abordou a importância para as civilizações de vivenciar o "coquetel dos hormônios do amor", liberados apenas em condições específicas do trabalho de parto e da necessidade de simplificar o parto normal. Para ele, mais do que "humanizar" o parto, é preciso "mamiferizar" o nascimento.

Parto Leboyer

Na década de 70, Frédérick Leboyer estabelece a importância de proporcionar maior acolhimento para o recém-nascido e tornar menos violento a hora do parto para o bebê, apenas oferecendo mais cuidado e proteção na transição de útero para o mundo.

Preconiza práticas como:

Diminuir a luz no ambiente e o barulho na sala para não incomodar o bebê;

Entregar o bebê diretamente à mãe no momento do nascimento e incentivar a amamentação, para fortalecimento do vínculo;

Clampeamento tardio do cordão: só cortar o cordão quando parar de pulsar;

Banho morno;

Leboyer levou ao mundo a Shantalla, uma técnica de massagem para recém-nascidos, comum na Índia. Shantalla foi o nome da mãe indiana que o ensinou.

Parto de Cócora

Janete Balaskas propôs o movimento Parto Ativo (P.A) na década 80, em Londres. O P.A baseia-se no fato de que a mulher deve buscar a melhor forma para o parto. Com a liberdade de movimentos e posturas, a mulher pode ter a opção de adotar a posição vertical ou de cócoras durante a fase expulsiva, o que pode tornar o parto mais rápido e cômodo.

Há inúmeras evidências que mostram os benefícios da posição de cócoras para o período expulsivo, entre elas: facilidade de saída do bebê, maior eficiência muscular, menor necessidade de medicalização, maior participação do casal e maior satisfação materna.

Parto Forcéps/Vácuo Extrator

 

Recurso usado quando há necessidade de abreviar o período expulsivo. Acontece quando o bebê já está no canal de parto.

Parto Natural

Não há necessidade de intervenções.

 

Parto Sem Dor

A mulher que sente-se segura e amparada terá menos dor do que uma mulher assustada e tensa. (D.P)
Analgesia de parto: Peridural ou Raque.

Parto Cesariana

Excelente recurso cirúrgico quando há uma situação de risco que contra indique um parto normal. Toda indicação de cesariana deve ser exata e discutida com o casal.

Espaço Parto Adequado

Toda gestante tem o direito de ser informada e preparada para o parto. Para evitar medos e até "fugir" dos principais mitos que envolvem o parto, é essencial a gestante entender como o parto normal acontece, conhecendo cada uma de suas etapas. Assim, ficará mais segura em relação às suas escolhas. Para isso, é muito importante conversar com a equipe médica envolvida, participar das oficinas de parto, grupos de apoio e rodas de conversas.

Espaço Parto Adequado
Espaço Parto Adequado

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Fonte: Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal 2017, OMS, Unicef, Ministério da Saúde, ANS, ReHuNa (Rede Brasileira pela Humanização do Parto e Nascimento), Despertar do Parto, Nexo Jornal - junho/2017, Gazeta do Povo - jan/2015, GaúchaZH - jan/2017, Instituto Michel Odent, Parto Ativo: Guia prático para o parto natural - J. Balaskas.