FAQ – Vacinas contra a Covid-19: O que você precisa saber?
1. Como funciona uma vacina?
2. Quem será vacinado nessa primeira fase?
3. Por que a vacina contra a Covid-19 foi desenvolvida em tempo recorde?
4. Mesmo disponibilizada em tempo recorde, essas vacinas são seguras?
5. Por que uma vacina é a melhor alternativa contra a Covid-19?
6. Eu devo me vacinar contra a Covid-19?
7. Quem ainda não pode se vacinar contra a Covid-19?
8. Quem deverá consultar o médico para saber se pode se vacinar contra a Covid-19?
9. Quando uma vacina começa a fazer efeito?
10. É possível uma vacina causar a Covid-19?
11. Quem já teve Covid-19 comprovadamente precisará se vacinar?
12. A vacina impedirá que as pessoas sejam infectadas com o Sars-Cov-2 ou que desenvolvam sintomas da Covid-19?
13. Mesmo vacinada, existe a possibilidade de uma pessoa ser infectada e transmitir a Covid-19?
14. Então, depois de vacinada, uma pessoa ainda terá de usar máscara e manter todos os cuidados necessários atualmente, como lavar as mãos com frequência, higienizar objetos, entre outros?
15. Quais são os efeitos colaterais mais comuns das vacinas contra a Covid-19?
16. Uma pessoa pode tomar mais de um tipo de vacina para Covid-19?
17. Quem tomar a vacina contra a Covid-19 também deve se vacinar contra a gripe em 2021?

1. Como funciona uma vacina?
As vacinas são o meio mais seguro e eficaz de as pessoas se protegerem contra determinadas doenças infecciosas e são obtidas a partir de partículas do próprio agente agressor, na forma atenuada (enfraquecida) ou inativada (morta). Quando nosso organismo é atacado por um vírus ou bactéria, nosso sistema imunológico trabalha para frear a ação desses agentes estranhos. Infelizmente, nem sempre essa “operação” é bem-sucedida e, quando isso ocorre, ficamos doentes. As vacinas, por sua vez, se passam por agentes infecciosos de forma a estimular a produção de nossas defesas, por meio de anticorpos específicos contra o “inimigo”. Dessa forma, elas ensinam o nosso organismo a se defender de forma eficaz. E, quando o ataque de verdade acontece, a defesa é reativada por meio da memória do sistema imunológico. É isso que limita a ação inimiga ou, como acontece na maioria das vezes, a elimina totalmente, antes que a doença se instale.
2. Quem será vacinado nessa primeira fase?
A Unimed São Carlos seguirá o Plano Estratégico do governo federal e estadual conforme orientações da Vigilância Epidemiológica de São Carlos.
3. Por que a vacina contra a Covid-19 foi desenvolvida em tempo recorde?
Diversos fatores foram essenciais para que a vacina contra o Sars-CoV-2 fosse desenvolvida, autorizada e produzida em um prazo muito inferior ao das demais imunizações existentes até então. Em primeiro lugar, a solução para o fim da pandemia é um desejo mundial, portanto, muitas iniciativas públicas e privadas investiram (e ainda investem) recursos financeiros altíssimos nesses estudos. Além disso, como a Covid-19 tomou proporções mundiais, em apenas um ano, cerca de 280 mil estudos científicos foram produzidos com um único objetivo: minimizar os efeitos do Sars-CoV-2 na saúde das pessoas e, consequentemente, na economia. Todas essas produções científicas contribuem, em maior ou menor grau, para a compreensão do vírus. Outro ponto a se levar em conta é que, como há muitas pessoas infectadas ao mesmo tempo, em todo o mundo, é possível obter respostas científicas muito mais rápidas. Por fim, as vacinas partiram de tecnologias já existentes, o que acelerou o processo de desenvolvimento. Soma-se a isso o fato de os governos do mundo todo estarem realizando aprovações regulatórias emergenciais para o início imediato das imunizações.
4. Mesmo disponibilizada em tempo recorde, essas vacinas são seguras?
Todas as vacinas já existentes e as específicas para a Covid-19 são submetidas a ensaios clínicos rigorosos. Conforme o seu desenvolvimento progride, a segurança continua sendo avaliada. E, mesmo quando já estão em uso geral, cientistas, órgãos governamentais e organizações de saúde pública continuam a coletar dados sobre possíveis efeitos adversos. No caso das vacinas contra o novo coronavírus, o tempo recorde de desenvolvimento, produção e distribuição não invalidam sua eficácia e segurança, conforme já explicado na pergunta 3.
5. Por que uma vacina é a melhor alternativa contra a Covid-19?
Porque a vacina é capaz de interromper a circulação do vírus de forma controlada e sustentada. Mas isso só é possível se uma parcela significativa da população for vacinada. Com a vacinação em massa da população, torna-se impossível que o Sars-CoV-2 encontre hospedeiros e, com isso, se reduz drasticamente o número de pessoas infectadas.
6. Eu devo me vacinar contra a Covid-19?
Sim, desde que não haja contraindicações para sua saúde (veja a resposta das perguntas 7 e 8). A vacinação está entre os instrumentos de maior impacto positivo na saúde pública em todo o mundo, contribuindo de forma inquestionável para a redução de mortalidade e o aumento da qualidade e da expectativa de vida. No caso das vacinas contra a Covid-19, essa atitude pode controlar uma pandemia pela qual o mundo vem passando desde março de 2020. Ou seja, vacinar-se, além de proteger o seu organismo contra o novo coronavírus, é sinônimo de proteção coletiva, não apenas individual. É importante destacar, inclusive, que todas as vacinas em fase avançada de testes têm sido testadas também em pessoas com comorbidades, como obesidade, câncer, hepatite, diabetes, HIV e cardiopatias. A resposta tem sido igual à dos demais grupos, não havendo, portanto, contraindicações.
7. Quem ainda não pode se vacinar contra a Covid-19?
A princípio, ainda não foram realizados testes clínicos em menores de 18 anos, por nenhuma das instituições que já estão distribuindo as vacinas contra a Covid-19 no mundo. Portanto, esse grupo ainda não deverá ser imunizados antes que ocorram testes com ele. Além disso, há contraindicações para pessoas com histórico de reações alérgicas severas (anafilaxia) aos componentes das vacinas(hidróxido de alumínio, hidrogenofosfato dissódico, di-hidrogenofosfato de sódio, cloreto de sódio e hidróxido de sódio). A quem tem histórico de alergias a alimentos, animais de estimação, insetos ou outros, o Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC, na sigla em inglês) recomenda que prossiga com a vacinação, com um período de observação. Além dessas, pessoas que estão ou tiveram febre(<37,5°C) nas últimas 24 horas e que estejam com doenças agudas e início agudo de doenças crônicas. Não levar acompanhantes.
8. Quem deverá consultar o médico para saber se pode se vacinar contra a Covid-19?
Pacientes portadores de doenças reumáticas imunomediadas, oncológicos, transplantados e demais pacientes imunossuprimidos, deverão comparecer ao local de vacinação com um relatório do seu médico especialista liberando-o para a vacina. Lactantes, gestantes e puérperas também deverão consultar o seu médico para avaliação e liberação.
9. Quando uma vacina começa a fazer efeito?
No geral, alguns imunizantes começam a fazer efeito 10 dias após a aplicação da primeira dose. No entanto, o efeito completo é esperado em 15 a 30 dias após a segunda dose. E existem variações entre as vacinas já disponíveis.
10. É possível uma vacina causar a Covid-19?
Não. Nenhuma das vacinas em fase avançada de desenvolvimento usa o vírus Sars-CoV-2 de forma atenuada, o que seria a única possibilidade, ainda que remota, de haver reversão para a forma ativa, contaminando a pessoa vacinada.
11. Quem já teve Covid-19 comprovadamente precisará se vacinar?
Sim, a vacina será oferecida mesmo para as pessoas que já tiveram a Covid-19 e não será necessário fazer exames prévios. Entretanto, qualquer pessoa atualmente infectada com Covid-19 deve esperar para ser vacinada até que sua doença tenha sido resolvida e depois de finalizar o período recomendado de isolamento para ser vacinada. Acredita-se que a imunidade conferida pelas vacinas seja maior do que a alcançada pela infecção natural. Além disso, não há contraindicações nesses casos.
12. A vacina impedirá que as pessoas sejam infectadas com o Sars-Cov-2 ou que desenvolvam sintomas da Covid-19?
As vacinas têm a capacidade de reduzir a chance de a pessoa se infectar, mas existem diferentes tipos de proteção, como prevenir infecção, impedir a manifestação dos sintomas ou prevenir contra um quadro mais grave. Até o momento, as vacinas produzidas contra a Covid-19 foram eficazes em diminuir a proporção de casos sintomáticos da doença em até 95%. Entretanto, um dos principais objetivos das vacinas é prevenir os casos mais severos da doença, reduzindo a ocupação de leitos hospitalares, sequelas da doença e óbitos causados nos pacientes mais vulneráveis. No entanto, ainda não se sabe se elas protegem contra a infecção viral em pacientes assintomáticos.
13. Mesmo vacinada, existe a possibilidade de uma pessoa ser infectada e transmitir a Covid-19?
É uma possibilidade. Os testes das vacinas focaram na capacidade de evitar que as pessoas adoeçam com a Covid-19. Até o momento, a capacidade de impedir a infecção não está sendo avaliada pela maioria dos testes clínicos, pois demanda mais tempo e esforços. Portanto, ainda não se sabe se uma pessoa vacinada que seja infectada poderá transmitir o Sars-CoV-2 de forma assintomática.
14. Então, depois de vacinada, uma pessoa ainda terá de usar máscara e manter todos os cuidados necessários atualmente, como lavar as mãos com frequência, higienizar objetos, entre outros?
Todos, mesmo que vacinados, ainda terão de continuar a usar máscara e a fazer distanciamento social por um bom tempo, até ocorrer uma redução drástica dos casos de Covid-19. Isso se faz necessário porque, em um primeiro momento, apenas parte da população será vacinada. Além disso, não se sabe se as vacinas vão conseguir impedir a transmissão e tirar o novo coronavírus de circulação ou se apenas impedirão que as pessoas vacinadas adoeçam com a Covid-19.
15. Quais são os efeitos colaterais mais comuns das vacinas contra a Covid-19?
Em primeiro lugar, é importante compreender que toda e qualquer vacina pode causar desconforto, como vermelhidão e inchaço no local da aplicação e tontura. Raramente elas provocam efeitos colaterais graves, assim como qualquer medicação. É importante destacar que as pesquisas atuais para as vacinas contra o coronavírus ainda não tiveram tempo para detectar eventuais efeitos colaterais tardios. Isso será realizado concomitantemente ao processo de vacinação. Entretanto, não há motivo para pânico, afinal, nenhuma das vacinas testadas provocou reações fora do esperado. Em geral, os efeitos colaterais mais comuns, além dos desconfortos citados acima, são: fadiga, dor de cabeça, muscular ou nas articulações, calafrios e febre.
16. Uma pessoa pode tomar mais de um tipo de vacina para Covid-19?
Não. É importante lembrar que, neste momento, não existem vacinas para todos, portanto, deve-se tomar apenas um tipo. Além disso, ainda não foram avaliados os efeitos da combinação de diferentes tipos, em termos de segurança. Sendo assim, é melhor não correr o risco. Por isso, o Ministério da Saúde, pede que todos os brasileiros baixem o app Conecte SUS. Nele, o cidadão pode acessar seu histórico de vacinação (incluindo lote e fabricante da vacina), consultas e exames feitos na rede pública, bem como ter o cadastro necessário para apresentar no posto de saúde na hora da vacinação contra o coronavírus. Se a pessoa não tiver o aplicativo, não será um impeditivo para se vacinar, mas pode facilitar o processo, caso ela não esteja com seu cartão físico.
17. Quem tomar a vacina contra a Covid-19 também deve se vacinar contra a gripe em 2021?
Sim, a vacina da Covid-19 não protegerá contra a Influenza e, tampouco, a vacina da gripe protegerá contra a Covid-19, pois se tratam de vírus totalmente diferentes. A vacina da gripe, que já está prevista no calendário nacional de vacinação, protege contra os vírus H1N1, H3N2 e Influenza B.
Material utilizado da Unimed Brasil: https://www.unimed.coop.br/viver-bem/coronavirus/vacinas-contra-a-covid-19-o-que-voce-precisa-saber
Fontes: Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Centers for Disease Control and Prevention (CDC), Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde (OMS), Governo do Estado de São Paulo